Temo a exposição,
Mil olhos despindo a alma
Um preço tão alto, tão injusto!
Sorrisos irônicos, vazios,
Vasculhando expressões
Parafraseando com verbos que sequer ousamos dizer.
Perdi tempo, chances, beijos, momentos, sorrisos e o colorido da vida
Aprendi a ser só, vestir a solidão como um escudo
Esconder sentimentos, sem deixar de senti-los realmente
Amar me inspira, Amor!
Fogo que arde sem queimar, fazendo delirar.
Tantas bocas não falam nossa língua;
Tantos olham sem enxergar.
Se encantam com o canto, com a arte
Apenas desejam por desejar.
Aprendi com a exposição a gritar
Expressar ao que sufoca sem matar;
A amar sem medo e a viver toda falta que sobra em mim.
Marta Vaz
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