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Do amor...


O amor. Oh! O amor, sendo tão profundo quando findo que pela própria fragilidade se apresenta, diante da majestosa presença que de tão forte nos faz tremer.
Quem diante do amor já não se viu perdido?
Quem diante dele nunca derramou lágrimas?
Mesmo dor ou quem sabe alegria?
Nos misteriosos caminhos do amor, existe realmente perdedor?
Sofredores são inerentes, quando findo por uma parte apenas.
E ainda existem os que sentem em absoluto silêncio os presságios dos amores febris.
Oh! Calor abrasador que descongela um olhar de desprezo, em tudo se acredita poder mudar.
Mas quando no silêncio das horas cresce a solidão e o desejo
Ilumina-se as paredes frias de um quarto e se percebe a ilusão nefasta.
Afasta-se nefasta companhia, que fez dos meus dias, noites sedentas
Afasta essa sede de amor, que pela fragilidade da dor fez a entrega ser total.
Quero e não nego o amor...
Quero poder sentir o cheiro inebriante, provocante.
Seu jeito manso quando chega devagar, despindo meus sentidos
Roubando gemidos e que depois faça o silêncio
Para que só os olhos sintam e da boca não saia o profano
Se o amor for insano? Que a beleza da arte pelo amor nunca parta sem que se faça plena.

Marta Vaz

2 comentários:

  1. "Para que só os olhos sintam..."

    Por isso,não quero sonhar,pois pra sonhar tenho que dormir,e não quero perder nenhum gesto do teu olhar.

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  2. Amei!!! As palavras me disseram,que amam você.

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