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Discernimento


Não pergunte nada,
Deixe que eles falem.
Permita que me cale,
Para no silencio esgotar todo sentimento.
Não trago felicidade nem dor,
Apenas poesia.
Choro ou rio quando quero,
Sou artista.
Máscara dos desejos alheios;
Frívola em tez lisa,
Impulsiva diante do prazer.
Amante ou enamorada,
Vagando em sombras da negação.
Tentativa em um passado insistente;
O desejo ao tudo diferente,
Resiliência frente ao desprezo.
A explosão que dilacera
Convite a intensas sensações.
Desconstruída em momentos,
Esculpida em pura emoção.
No agora, discernimento.

Marta Vaz







La poesia



Fazer poesia não é colar fragmentos alheios. 
É mergulhar de corpo e alma no próprio abismo, 
Morrer e renascer em cada obra.

Marta Vaz

Photo by Zena Holloway

Estrangeira no amor



Confundo-me em meio a tantas línguas, palavras e beijos.
Quero ganhar o mundo, sou uma eterna estrangeira no amor.
Desejo amor... 
Que ele roube de uma vez por todas a minha alma e coração.

Marta Vaz


Ela era sonho, partiu em saudade.
Marta Vaz

Pretérito presente


Sonhei acordada.
Desejei do nada.
Esperei um sinal.
Chamei seu nome.
Abri o caminho.
Ouvi silêncio.
Agora, talvez...

Marta Vaz


Photography by Jacqueline Roberts

Ela nela

Parece com mil amores.
Feita de sonhos, trajando esperança.
Por entre desejos e flores,
É doce...
Confundo-me em suas formas,
Um mergulho em sentimentos.
Arranca gemidos ou cala intensamente.
Poderia ser amiga, esposa ou amante.
Mas preferiu a poesia.

Marta Vaz