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Dualidade


Pessoas seguem caminhos
Cada qual em dada direção
Não olham aos lados
Andamento em compassos alternados
Bailado sincopado
Bem marcado em braile.
Deslizam nas superfícies
O conhecimento aflora
As dúvidas permeiam
Tudo é dualidade.
Vidas fazendo vidas
Arte em construção
Telas descoloridas no muro da servidão.
Histórias em negrito
Não passam sem alguém ler
Mentiras verdadeiras
Defesas para se esquecer.
O que é sério nas sátiras?
Sentimentos ao se dizer
Expuseram as faces
Apararam as arestas
Nos vértices esconderam-se segredos
Nada tão velado
Ao ápice do anoitecer.
Marta Vaz