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Rubras


Dói, corrói pelo sentimento constante,
Não é tristeza, nem alegria.
Preenche espaços por ser  deveras expansível;
E quem sabe poderia ter menor intensidade?!
Mas tratando-se de você, nunca seria menor.
Eu sei...
Embriago-me na taça amarga da saudade;
Trocando os pés sigo seus passos.
Ora sou compasso e noutra a suavidade de uma pausa.
Tudo que me move é desejo.
Nunca tive medo do escuro ou da solidão,
Sinto a paz que escapa de lembranças tortas.
Isso é maior que a razão que conheço.
Sonho com o gosto e o cheiro
Sou assim...
Sem pudores em cores rubras.
Nunca fui fria nem tão pouco indiferente,
Esse amor sempre foi seu.
Marta Vaz


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