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Destoante



Sou pedaço de vida
Solto num mundo
Muitos olhos, alguns ouvidos e solidão...
Bocas sedentas rondam,
Tentam engolir a força o que eu talvez nem tenha.
Não sou indiferente,
Nem espero perdão por nada que tenha feito.
A tanto a humanidade mata por verdades insanas,
Não compactuo com isso!
O chicote que corta ainda existe,
A língua dos que sorvem e deleitam o desamor.
Agora amarga como fel;
Escorro lentamente,
Como os grãos da ampulheta do acaso.
Nego qualquer destino,
Sou alma em corpo liberto.
Mente de voz uníssona ao amor,
Vibro, sigo, sou.
Nem tudo depende de nós;
Não atrapalho e nem forço nada
Liberdade tem seu preço.

Marta Vaz







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