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Devassante




Mente, por que mentes?
Maltrata o corpo, com tanto pensar.
Não paras, não cansas?
Querer improvável.
Desses quereres devassadores,
Em tamanha exposição.
Um último suspiro escapa da alma...
Tantas bocas sedentas!
Ruminam a maledicência,
Cuspindo o veneno que as embriagam.
Sigo sem tréguas; 
Sentimento insano esse aqui. 
Quem me rouba a calma?
Ah, se tivesse apenas um sinal!
Despiria de vez a alma.
E como de rompante,
Um eclipse se faria.
Encaixando as anatomias,
Uma metonímia de prazer.

Marta Vaz





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