Não, não em palavras
Pela negação que entrega
Pelo tempo perdido, empurrando ao abismo
Vai, xinga alto...
Grita: exagerada, passional...
Arranca minhas roupas com o olhar
Esse olhar navalha, que dilacera até a alma
Derruba qualquer barreira.
Como num salto, rendo-me ao encanto
Ao som das letras que saltam e se encaixam
Como corpos ardentes, elas fazem Amor
Fazem poesia da dor
E aos olhos do mundo, invisíveis
Resistem, pulsam e ardem de prazer
Derramando sentimento em cada poesia
Nuas, ou bem vestidas,
Andam desarmadas na mesma esperança.
Marta Vaz
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