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Que Seja



Quero reescrever o destino, 

Redescobrir  essências

Ir fundo, embriagando-me desse âmago enigmático

Viver as sombras, provar dos medos

Fazer o que ninguém conseguiu

Completar-me em sua incompletude

Ser uma em duas,

Numa esquina da cidade nua

Falar bobagens, as mesmas que excitam os casais.

E quando for algo mais sério, 

Ser apenas verdade.

Não vou mais pedir chance

Vou arranca-la sem piedade, 

Despi-la

Da mesma forma que seus olhos fazem com libido.

Sem idealizar, apenas provar

Ser o mais velado desejo

Explodir nesse encontro

Ser qualquer sentimento

Que seja,  

Tornar-me sua, nesse momento 

Sem deixar escapar vontades

E se tiver que ser mais

Que seja.

Marta Vaz






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