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Espinhos


Não toque minha pele,
Não troque meu nome.
E não me chame,
E não me ame.
Eu não preciso de restos,
Nem migalhas de alguém.
Nem mais sobrenome,
Para dizer quem eu sou.
Não sou sua!
Nunca pertenci a ninguém.
Vivi breves momentos,
Como num passeio de trem.
Sinto e reconheço,
Que minha vida é por um triz.
Paredes não me prendem,
Nem o passado que fiz.
Amei e não nego!
Finja que não viu,
Mas não seja totalmente cego!
Sem perdão e insegurança;
Não devemos nada,
Nem carinhos e nem lembranças.
Tudo que tive,
Entreguei a você.
Agora é tarde!
Pare! De se arrepender.
No meu jardim não nasceram mais flores,
Só espinhos por grandes dissabores,
E se canto mais uma breve canção;
Não se iluda,
Num segundo tudo muda...
Basta!
Engula meu não.

Marta Vaz

2 comentários:

  1. NOSSA! ME INDENTIFIQUEI BASTANTE COM ESSE SEU POEMA...
    PARABÉNS...E OBRIGADA POR TER GOSTADO DOS MEUS TAMBÉM...

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  2. NOSSA! ME INDENTIFIQUEI BASTANTE COM ESSE SEU POEMA...
    PARABÉNS...
    E OBRIGADA POR TER GOSTADO DOS MEUS.

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