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Reflexos em Reversos


Cara a cara com o que se vê,
Nem sempre com que se é.
Por vezes com que se tem.
Aquilo que se reflete,
Será o mesmo que se repete?
Metáforas subatômicas;
Nuances crômicas,
Em natureza diatônica.
Tudo que mais se odeia,
Muito mais familiar o é.
Tudo que mais se deseja,
É pela atração ao imaginado.
Ter o Ser que ainda não se conhece,
Ser o Ter que aborrece.
Aniquila-se o Ser?!
Mas o Ter, não deveria o ser esvaziado?!
O Ser é refractário em revezes de criação;
Um bem ou mal me quer, sem explicação.
Solto na corda bamba da solidão;
Em que o despencar é sorrir.
O partir é se chegar,
A um ponto, parte de alguém ou lugar.
Assim compreendem-se mais,
Cada impressão do outro em si.
Marta Vaz

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