Páginas

A fêmea


Mesmo em meio a tanta distância,
Nessa sua inconstância
Você me tem.
Me possui pelo olhar como ninguém
Algo sem explicação
Expõem minhas fraquezas
Desperta toda a natureza
Dessa fêmea voraz que sou
Vontades escorrem de mim
Exalando o perfume do desejo
Da mulher nada fácil
Desejada por tantos, em tantas.
Nessa vida de encantos
Em cada canto levo minha voz
Meu Amor se diluindo
Num mundo tão vil, tão parco.
Faltam-me as forças
A desesperança muitas vezes me cansa, alcança.
Mas sigo nua
Despindo-me em cada poesia
Salvando-me da aniquilação.

Marta Vaz





Nenhum comentário:

Postar um comentário