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Cúmplices do desejo

Marcas arranham o tempo
Farpas escapam do pensamento
Cores pálidas em peles nuas.
Mesclam com a solidão.
O amor sangra, escorre por entre os dedos
Ensejo, medo, tantas possibilidades veladas.
Reveladas só nas fotografias
E no toque do pincel a tela fria.
Mistura de sentimentos
em tons vibrantes.
Pulsa a vida,
Toca em uma canção.
Quando chega a noite
Sonhos são espalhados pelo chão
E um céu sorri daquela boca.
A lua brinda a ela com um beijo
Tudo é leve,
A falta é breve
A luz invade a sala em sorrisos fluidos.
Refletem toda falta pelo olhar
O calor inflama os corpos e o sofá.
Estão vivos novamente.
Matam o segredo
Arredam as dúvidas
Explicitam perversões
Agora,
Reféns e cúmplices do desejo.

Marta Vaz




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