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Imortal

 


O tempo escorre pela pele,

Como suor fruto de emoções clandestinas.

Tento achar explicações entre lembranças e canções.

Permeio dores imperceptíveis,

Quase chego a tocar sua alma.

Algo que só eu conheço, 

Tão intima e própria em mim.

Por vezes chego a gritar ao mundo

Ai lembro quão longe estou.

Quão profundo sinto e sou.

Lembro que o melhor está no silêncio

Nesse sentir tão intenso!

O meu olhar fixo provando cada parte do que mostra

Mas quero o que esconde, 

O que não será devorado pelo tempo

Quero o que acelera tudo em mim.

Nem tudo é efêmero, fugaz.

Essa viagem vai passar um dia, eu sei.

Mas a fonte dessa embriaguez, nunca.

Bebo dos saberes ocultos

Sou tragada, lambida pelas labaredas dessa fogueira incauta

Sendo a feiticeira, a condenada pelos pecados

Mas imortal por esse sentimento que nos consome.

Marta Vaz



 


 







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