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Te Perdoo...


Te perdoo por não ser o que pensei;

Por julgar meu mundo como inferior ao seu;

Te perdoo por querer o que nunca foi seu...

Te Perdoo por sufocar minha ilusão;

Fazer-me esperar que digas não.

Te perdoo por ser uma linda visão

Mesmo como sombra que encobre meu sim.

Te perdoo, te perdoo...

Por não ser na sua mão...

O tal elo, o que espero sem noção do seu querer.

Te perdoo pelo sim ou pelo não.

Pelo plagio da canção que me fizeste ser.

Meu mundo não é de algodão.

Meu caminho feito de pedras-sabão;

Se escorrego...

Te perdoo, por nunca estender sua mão.

Agora a madrugada me assola;

Não tenho mas como gritar,

Fiz das palavras o meu dizer.

Te perdoo, te perdoo...

Por não me ter, assim não tem o que perder.

Marta Vaz

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