Páginas

Minha Verdade...


Diante da calamidade de um terremoto;
Tantos órfãos!!!
Tanta solidariedade impedida pela burocracia.

Quantos ainda vivos brotam da terra!

E quantos putrefatos sem terem um buraco apenas.

Vejo isso pela tela;

Uma prisioneira de mim.

Preciso de amor!

Seco diante da dor.

Sou órfão de família viva.

Fiz no musgo minha trilha,

E por ela sigo

Desde muito nova.

Sou uma andarilha;

Percorro aos cantos da minha mente.

Taxada de irresponsável;

Por não assumir os erros ou acertos de outros.
Não sou muito gregária.

Nem agrego-me com facilidade.

Acredito que alguém possa completar-me;
Bastar-me, por me querer de fato.

Não valorizo a grana de ninguém;

Nem carros novos ou caros perfumes.

Prefiro o cheiro do estrume;

Que fertiliza a terra

Ao iludir-me com coisas tão banais!

Gosto de flore!

Lembram amores e amantes.

Pena que secam tão rápido!

Como a vida dos escravos da beleza.

Assim como nas flores;

O que fica é o que toca no coração.

A verdadeira beleza está em ser seu ou sua;

Mas que seja feito de puro amor.

Marta Vaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário