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Imortal


A alma está calada,
Em mãos frias, geladas
Pairam dúvidas na mente

Onde estão as referências?
Solidão,
Sinto-me assim

Apenas o eu e mais ninguém.

Escuto a cada pensamento,

Sinto vida.
Nos momentos em que falta o ar

Nunca deixo-me ser vencida
 
Ou a tal morte me levar;

E ela segurou-me algumas vezes

Fez-me sentir sem chão

Mas neguei-me a segui-la

Não, agora não!

Cada dia uma nova vida

E quero mais.

Tenho fome de viver
Não tenho relógio,

Esqueço o tempo.

Encaro a cada momento,

Como sopros de esperança.

Por vezes desejei ser a criança
 

E ter um colo quente
Um afago, um copo de leite morno

Desejei mais gente.

Só para quebrar o silêncio,

E poder ressurgir nessa multidão.

Alguém?

É você!
Dei-me sua mão!

Para que não esqueça o toque 

Sinta-a em meus desejos,
Principalmente o beijo

Que será imortal em mim.

Marta Vaz

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Só quem passou pelo vale da morte tem fome de viver e eu tenho.

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